Antes
de viajar ao Peru, pesquisei muito sobre os principais pontos turísticos que
visitaria,
curiosidades, comidas típicas, o clima, etc..
mas
sempre tinha algo em comum entre as minhas pesquisas, dentre elas, o
que mais vi sendo comentado, era a respeito do mau da altitude, o tal
de “soroche”, algo que realmente senti nas primeiras horas que
sai do aeroporto. Justamente em virtude disto, segui a risca uma
grande dica que recebi e que compartilho agora com vocês, não vou
recomendar remédios, pois não sou médico, como muitos o fazem em
vários blogs, que é recomendar o remédio mais famoso para este
mau, o soroche
pills,
em
vez de sair gastando com este remédio, que alias é bem caro,
resolvi seguir o conselho de pessoas que estão acostumadas à
altitude, Portanto
achei
melhor me render ao costume local e tomar no mínimo duas taças de
chá de coca por dia. Porém, o que acho que garantiu o meu bem-estar
lá foi dar uma dormidinha (ou simplesmente deitar-me) durante duas
horas, logo ao chegar a Cusco, uma dica valiosa para a circulação
do corpo se estabilizar. Ou seja, nada de sair batendo perna depois
que fizer o check in no hotel.
Aí sim consegui levantar por
volta das 18:00, ainda com uma pequena dorzinha de cabeça, mas que
logo passou e consegui sair do hotel e ir até a Plaza das Armas de
Cusco. Achei uma bela praça, tem um aspecto bem rústico, mas muito bem
conservada, me senti muito seguro e por ali jantamos.
Dia 1
Fechamos
um passeio privado, pois compramos antecipadamente pela internet
a passagem de trem para Águas Calientes, com
saída em
Ollantaytambo,
às
15h30, sendo
assim, não teríamos
o dia todo disponível, e dessa
forma não
teríamos
como fazer um tour compartilhado (bem mais barato) por Cusco,
logo essa foi a nossa melhor opção, marcamos com o guia às 8hs
da manhã.
E
pela
manhã pontualmente
estava um táxi nos esperando para o início do passeio, e indo em
direção ao nosso guia que nos aguardava no Centro da cidade, este
nos sugeriu que comprássemos o “boleto
turístico
parcial”,
o boleto saiu por 70 soles
e nos garantira acesso a 4 sítios arqueológicos: Pisac,
Chinchero,
Moray
e Ollantaytambo.
Seguimos primeiramente para Chinchero para adquirir o boleto e de lá conhecer os principais costumes locais. Chimchero é uma vila mais voltada para o artesanato, mas também tem umas histórias interessantes dos rastros deixados pelos Incas, toda sua infraestrutura surpreendente, que ao observarmos, nos remetia pensar em: como eles pensaram nisso tudo, numa época tão remota!
Em
Chinchero, percebemos também a influencia dos espanhóis que
invadiram e saquearam a cidade. A maioria dos edifícios
incas
foi arrasada pelos clérigos católicos
com
o duplo objetivo de destruir a civilização
inca e
construir com suas pedras e tijolos as novas igrejas
cristãs.
Paramos
em um pequeno ateliê. Vimos as artesãs preparando a lã de alpaca e
demonstrando o uso de corantes naturais para colorir os fios, o que é
interessantíssimo, pois as cores se alteram com a simples adição
de outras substâncias simples, como sal e limão.
De Chinchero, seguimos para as Salineiras, que não constava no boleto turístico, mas que fizemos questão de conhecer, pois é um lugar muito interessante.
Só a paisagem que pegamos pelo caminho já valeria o passeio. As belezas naturais daquele lado
do Peru foi o que mais me surpreendeu na viajem. Os Andes circundam o
vale do Rio Vilcanota, também conhecido como Rio Urubamba, e de vez
em quando também avistávamos algum pico nevado no horizonte. :)
Bem diferente das nossas salineiras, onde este minério é extraído do mar, este, os Incas conseguiram construir na montanha. Ficamos encantados com a forma com que os Incas conseguiram construír essas piscinas de sal, a sua extração é feita do mesmo modo até hoje!
Lá também tem uma feirinha onde encontramos produtos, como algumas outras qualidades do sal, como sal medicinal, sais de banho, temperos etc...
De
lá, outro ponto que fazia parte do boleto turístico
e também do meu trajeto era o centro arqueológico Moray,
um lugar único em seu gênero, são
gigantescas depressões naturais ou buracos na superfície do solo,
que foram usados para construir terraços agrícolas em contorno, com
canais de irrigação, é, portanto e uma estação biológica
experimental bastante avançada para a época que ajudou o homem sul
americano a aclimatar plantas que vinham de outras regiões.
A nossa última parada antes de
pegarmos o trem foi em Ollantaytambo, ali tivemos uma das melhores
aulas de história que tivemos na vida, foi realmente surpreendente
estar ali naquele lugar singular e a cada ponto da cidadela, o guia
nos tinha algo há dizer ou demonstrar. Ah sim! o guia, podemos
afirmar que fez toda a diferença no nosso passeio, nos explicando muito sobre o povo Inca. Nos enriqueceu
muito ver que mesmo sem todo aparato tecnológico que temos hoje, há
anos existiu um povo que superou toda falta de tecnologia e com sua
peculiar engenharia criou e transformou no que vimos em toda
maravilhosa Cusco.
Numa montanha em frente ao complexo há uma formação rochosa semelhante a um rosto humano, lembrando um rei com barbas, considerado pelos Incas como o Rei Sol. Dizem que tal formação apareceu após um terremoto. Ao lado dela há um silo, que por sua localização, independente da época do ano, é sempre um lugar fresco, conservando melhor os alimentos ali armazenados.
Tirem suas próprias
conclusões!!!
Partindo para Águas calientes, aqui nos despedimos dos nossos amigos, guia e motorista particular que nos deixou na estação, onde pegaríamos o trem para pernoitarmos em Águas Calientes e finalmente conhecermos Machu Picchu, a magnífica cidade Inca.
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